sábado, 9 de agosto de 2008

um cão latindo rumor de água corrente

pessegueiros em flor densos sob a chuva

no bosque profundo às vezes passa um cervo

meio-dia à pino o rio sino nenhum

as hastes dos bambus ceifam brumas verdes

fios voláteis caem do píncaro de jade

quem sabe do lugar aonde terá ido?

coração sombrio me apóio nestes pinhos





Poema de Li T’ai Po
traduzido por Haroldo de Campos em Escrito sobre jade.

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