sexta-feira, 10 de setembro de 2010



Escutar Dorival Caymmi

entoando o mantra

“O vento”

http://www.youtube.com/watch?v=RJWPjpFnCZ0&feature=related




Fernando Pessoa (1888-1935)


Escutar Paulo Autran

recitar

“Vem Sentar-te comigo, Lídia”,

de Fernando Pessoa

http://www.youtube.com/watch?v=6mLyfWAw9Tc&feature=related

Em busca do tempo perdido




Edward Arning

Hamburger Winter
(Die Kunst in der Photographie (Art Folio #6)

1899

Em busca do tempo perdido




Alfred Stieglitz

Strassenklatsch

(Die Kunst in der Photographie (Art Folio #5)

1899

Em busca do tempo perdido



Fritz Ghiglione


Pinien

(Die Kunst in der Photographie (Art Folio #5)

1899

Em busca do tempo perdido




Pierre Dubreuil

Auf Dem Kirchhhof

(Die Kunst in der Photographie (Art Folio #4)

1899

Em busca do tempo perdido



Franz Goerke

Das Schloss Am Meer

(Die Kunst in der Photographie (Art Folio #3)

1899

Em busca do tempo perdido




Emile Joachim Constant Puyo

Eingeschlafen

(Die Kunst in der Photographie (Art Folio #3)

1897

Em busca do tempo perdido



Philipp Ritter Von Schoeller

Cäcilie

Die Kunst in der Photographie (Art Folio #1)

1897

Em busca do tempo perdido


Hans Watzek

An der Donau

(Wiener Photographische Blätter: Herausgegeben Vom Camera-Club In Wien)

1894

Cindy Sherman, sem data



Não foi Deus quem me deu a notícia, mas um outro, a recomendação sábia de que a palavra é o mais elevado poder.

Não é de hoje nem de ontem, mas perdurando sempre e sempre surge aquela recomendação sábia, e ninguém jamais conseguiu ver de onde ela surgiu para brilhar.


Palavras de "Antígona", de Sófocles (497-407 a.C)


Jugoslav Vlahovic

Edward Dismdale,s em data



CASA DE MENANDRO

Logo se espalha um suave vento e as cortinas começam a dançar. A serenidade de um verso latino. Na casa de Menandro angst morre nas pedras. Eu escuto orvalho no olho do peixe que paira o aquário da casa antiga, casa antiga que os vendavais circundam. Uma ramagem de sutis idílios faz sombra na parede branca da casa de Menandro. O sol marinho dá nas calhas e nas venezianas. Menandro desce os degraus de pedras soltas, nos galhos do salgueiro vai deixando blusa, calça, sapatos, chapéu, cachimbo.



Breet Weston, sem data


MEDITAÇÃO DO CALIFA OMAR
SOBRE ALEXANDRIA (640 d.C.)

Para Priscila Lira

Com seu periscópio de concha o califa Omar perscruta a baía de las Gavenas, em Alexandria. O caminho do poeta não é o do silêncio, mas o da luxúria.

As ondas nunca ociosas na baía de las Gavenas.

O califa Omar, nesse ano de 640 d.C., escreve numa das paredes do Palácio Real que o princípio de toda poesia é suprimir masmorras, leis da razão: na pedra gasta infiltrar a phantasia: e nos conduzir ao caos originário.





Ver flagrante

da aparição
de um disco voador

http://www.youtube.com/watch?v=MVqAGOh_nPs&feature=related

Mestre de arco Kenzo Awa (1880-1939)

Acesse já
O arqueiro quântico



www.oarqueiroquantico.blogspot.com

Henry Fox Talbot, 1870




DOMINE



Sana me de formas turvas, Domine.
Sana me da miséria tumular.
Sana me do ríctus da amargura.
Sana me do conturbado vendaval de Carrascozza.
Sana me de não fazer ablução com água de estrela.
Sana me de crótalos marinhos envenenados.
Sana me de cadáveres dragados nos pauis.
Sana me com os Santos Óleos e o azeite dos doentes.
Sana me de fétidas palavras.
Sana me.
Sana me com a força da doçura.
Sana me com a força da poesia.
Sana me com a força da música.
Sana me com a força das mulheres e das crianças.

Que língua, ossos e olhos sejam para sempre.

Ver Kimiko Yoshida


http://www.kimiko.fr/