
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Escutar a voz angélica
de Janis Joplin
entoando "Summertime".
http://br.youtube.com/watch?v=mzNEgcqWDG4
Estou lendo, nesse exato instante, aqui em Marduk, um poema de Hildegard von Bingen (1098 a 1179), que gostaria de compartilhar com vocês:
Porque a mulher criou a morte,
uma virgem clara a dissolveu;
por isso a bênção suprema
vem na forma feminina,
além de todo criado:
o mesmo Deus se fez homem
na virgem doce e beata.
O RASTRO
Se ali o céu, acúmulo de ar, ourografia nebulosa,
água corrente o céu --- via régia ---
linguaviagem em direção ao sabre lúcido,
à prosa da piscina vista do belvedere.
Ouçamos, pois, como soa o céu:
sem anular o sonho, antes o vivifica.
Se o céu parece comum,
é porque não o vimos ainda.
Despojar a palavra da palavra,
confessá-la em música.
O céu passou, mas o rastro do céu,
fixo nesta matéria fina de toda certeza
– a palavra –
permanece ao alcance do sopro
que a língua da tempestade cura