
terça-feira, 8 de julho de 2008
Escutar Elvis Presley
entoando “Return to Sender”.
Puro Rhythm and blues.
Oficialmente se chamava Henritte Theodora Markovitch. Nasceu em Paris/França, no ano de 1907. Morena, tinha rosto oval, queixo saliente, olhos verdes, cabelos pretos, curtos e puxados para trás, quando conheceu Picasso, em 1936, no restaurante Deux-Magots/Paris.
À época era musa dos surrealistas e amante do escritor Georges Bataille. Tinha como amigos os poetas André Breton e Paul Éluard.
Pintora e fotógrafa, viveu com o pai iugoslavo na Argentina e falava espanhol fluentemente. Namorou Picasso entre 1936 e 1944.
Dora Maar incentivou Picasso a se posicionar mais firmemente contra os governos de força. Teve, portanto, papel fundamental na criação de "Guernica", o quadro mai famoso do pintor espanhol. Documentou fotograficamente a produção do painel e ajudou a pintá-lo.
Incapaz de gerar filhos, inspirou duas mulheres que aparecem na tela: a que chora em desespero e a que carrega uma criança morta.
Entrou em processo esquizofrênico por volta de 1943, enquanto sua relação com Picasso naufragava.
À época era musa dos surrealistas e amante do escritor Georges Bataille. Tinha como amigos os poetas André Breton e Paul Éluard.
Pintora e fotógrafa, viveu com o pai iugoslavo na Argentina e falava espanhol fluentemente. Namorou Picasso entre 1936 e 1944.
Dora Maar incentivou Picasso a se posicionar mais firmemente contra os governos de força. Teve, portanto, papel fundamental na criação de "Guernica", o quadro mai famoso do pintor espanhol. Documentou fotograficamente a produção do painel e ajudou a pintá-lo.
Incapaz de gerar filhos, inspirou duas mulheres que aparecem na tela: a que chora em desespero e a que carrega uma criança morta.
Entrou em processo esquizofrênico por volta de 1943, enquanto sua relação com Picasso naufragava.
Absorta em si mesma, intacta planta viva n’água, Dora Maar percorre o sonho mau dos mortos e os puxa, com os cabelos, por cima de ondas grossas de sal. Uma deusa Dora Maar? Apaguem seu nome, a pele, a respiração e dela só pode restar um mantra consciente da realidade. Se deseja grafismos de oleandros e sargaços, também deseja a primeira respiração da sereia branca e aguarda embaixo do guarda-sol o sopro do paraíso. Dora Maar duramente verte algumas palavras, para sempre tecendo o corpo com asas acima do areal, e dá rasantes pelas quinas dos terraços suspensos de Málaga. Dora Maar aceita que Picasso a proteja, na praia, com aquele guarda-sol. Com o desconcerto habitual, Dora Maar vê sua cabeça ser arrancada dos ombros pelo vento e passar rente à torre da igreja de San Isidro, por baixo do céu a cabeça de Dora Maar e as nuvens entre as nuvens.
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