
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
CASA DE MENANDRO
Logo se espalha um suave vento
e as cortinas começam a dançar.
Alberto Blanco
A serenidade de um verso latino.
Na casa de Menandro angst morre nas pedras.
Eu escuto orvalho no olho do peixe
que paira o aquário da casa antiga,
casa antiga que os vendavais circundam.
Uma ramagem de sutis idílios
faz sombra na parede branca da casa de Menandro.
O sol marinho dá nas calhas e nas venezianas.
Menandro desce os degraus de pedras soltas,
nos galhos do salgueiro vai deixando
blusa, calça, sapatos, chapéu, cachimbo.
* Angst, em alemão, significa medo.
Logo se espalha um suave vento
e as cortinas começam a dançar.
Alberto Blanco
A serenidade de um verso latino.
Na casa de Menandro angst morre nas pedras.
Eu escuto orvalho no olho do peixe
que paira o aquário da casa antiga,
casa antiga que os vendavais circundam.
Uma ramagem de sutis idílios
faz sombra na parede branca da casa de Menandro.
O sol marinho dá nas calhas e nas venezianas.
Menandro desce os degraus de pedras soltas,
nos galhos do salgueiro vai deixando
blusa, calça, sapatos, chapéu, cachimbo.
* Angst, em alemão, significa medo.
TREVAS
Horrida nostrae mentis purga tenebris,
accende lumen sensibus.
(Dissipa as trevas horríveis de nosso espírito
e acende a luz de nossos sentidos).
Anônimo
Sob o linho castiço da chuva,
a treva horrível de nosso espírito
vocifera claros nomes serenos.
Atravesso o deserto
com uma pedra no fundo do poço.
Tanto azul de águas, mas a pedra,
taciturna monja sem sol,
nada espera, é só uma pedra
envolta em antigo silêncio.
Bem no fundo do mar de Abrolhos,
esta pedra, seca por dentro.
Tudo se pode falar:
a transparência contínua,
a praia com bicicletas.
Horrida nostrae mentis purga tenebris,
accende lumen sensibus.
(Dissipa as trevas horríveis de nosso espírito
e acende a luz de nossos sentidos).
Anônimo
Sob o linho castiço da chuva,
a treva horrível de nosso espírito
vocifera claros nomes serenos.
Atravesso o deserto
com uma pedra no fundo do poço.
Tanto azul de águas, mas a pedra,
taciturna monja sem sol,
nada espera, é só uma pedra
envolta em antigo silêncio.
Bem no fundo do mar de Abrolhos,
esta pedra, seca por dentro.
Tudo se pode falar:
a transparência contínua,
a praia com bicicletas.
Assinar:
Postagens (Atom)