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terça-feira, 11 de dezembro de 2007
NUA
De madrugada a mulher nua foge do Convento de Sarga rumo à praia Brava. E, como disse o padre Gavallo: “era já tempo dela se molhasse no mar”.
Estranhei, a princípio, a conjugação inexata do verbo “molhasse”.
Um líquido desejo a entontece, um desejo de molhar as ondas com seu corpo liberto do hábito, do crucifixo.
De madrugada a mulher nua foge do Convento de Sarga rumo à praia Brava. E, como disse o padre Gavallo: “era já tempo dela se molhasse no mar”.
Estranhei, a princípio, a conjugação inexata do verbo “molhasse”.
Um líquido desejo a entontece, um desejo de molhar as ondas com seu corpo liberto do hábito, do crucifixo.
MEDITAÇÃO DO CALIFA OMAR
SOBRE ALEXANDRIA (640 d.C.)
Com seu periscópio de concha o califa Omar
perscruta a baía de las Gavenas,
em Alexandria.
O caminho do poeta não é o do silêncio,
mas o da luxúria.
As ondas nunca ociosas na baía de las Gavenas.
O califa Omar, neste ano de 640 d.C.,
escreve numa das paredes do Palácio Real
que o princípio de toda
poesia
é suprimir masmorras,
leis da razão: na pedra gasta infiltrar a phantasia:
e nos conduzir ao caos originário.
SOBRE ALEXANDRIA (640 d.C.)
Com seu periscópio de concha o califa Omar
perscruta a baía de las Gavenas,
em Alexandria.
O caminho do poeta não é o do silêncio,
mas o da luxúria.
As ondas nunca ociosas na baía de las Gavenas.
O califa Omar, neste ano de 640 d.C.,
escreve numa das paredes do Palácio Real
que o princípio de toda
poesia
é suprimir masmorras,
leis da razão: na pedra gasta infiltrar a phantasia:
e nos conduzir ao caos originário.
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