
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
CREDO QUIA ABSURDUM
Que a vir vê-las,
posso coroá-las antigas:
paraísas violas de relva.
Uma que voa
morde o calcanhar da estrela:
há fogo e há chuva.
Outra esparze o pó de Quevedo,
mas pó enamorado,
que a pouca poesia não ousaria entender.
Aquela enlouquece entre salsos pendentes:
escreve breviários, bestiários,
conduz o velame de certa barca sendo sonhada.
Por nós, os fracos, os de alma vil,
se perfumam,
às vezes espalham os cabelos nossos:
essas mulheres de vento.
Que a vir vê-las,
posso coroá-las antigas:
paraísas violas de relva.
Uma que voa
morde o calcanhar da estrela:
há fogo e há chuva.
Outra esparze o pó de Quevedo,
mas pó enamorado,
que a pouca poesia não ousaria entender.
Aquela enlouquece entre salsos pendentes:
escreve breviários, bestiários,
conduz o velame de certa barca sendo sonhada.
Por nós, os fracos, os de alma vil,
se perfumam,
às vezes espalham os cabelos nossos:
essas mulheres de vento.
O gato angorá, envolto em neblina, penetra o umbral da igreja de Santa Francisca; o gato angorá, de rabo curvo e peludo, pisa macio o chão de pedra bem na hora em que inicia o culto das sete horas.
Para o gato angorá envolto em neblina, aqui nessa igreja todos têm carne de rato; o gato, por isso, os devora a todos menos o padre, porque o padre não é um rato, mas gato, e persa.
Este conto também foi publicado no blog do Solda cáustico:
www.cartunistasolda.blogspot.com
Para o gato angorá envolto em neblina, aqui nessa igreja todos têm carne de rato; o gato, por isso, os devora a todos menos o padre, porque o padre não é um rato, mas gato, e persa.
Este conto também foi publicado no blog do Solda cáustico:
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