sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Maria Casarès


7 cartuns do genial Miran






Miran


Sem palavras

Fotógrafo anônimo

Laszlo Layton


Eu, K., sonho que estou no alto de uma palmeira e que escrevo numa de suas largas folhas a lenda do arvoredo de ouro: “Lucana sob uma das árvores do arvoredo de ouro: a fina chuva de ouro nunca a acorda. Lucana congela um peixe salmônida (Salmo salar) na língua: a fina chuva de ouro descongela o salmo do peixe salar. Lucana no alagadiço rente à árvore de ouro: a fina chuva de ouro lava a garganta. Lucana reza o breve rosário de buirás: a fina chuva de ouro remansa olho de cacto e aquele ouriço-do-mar na gruta. Aqui envelhecem bosques nunca molhados, aqui juncos imersos no rio, arraia radiosa. O corvo coruscante, se é deserto, respira o dente do martelo. Esquecidos na larga folha de palmeira: sopros de raio e relíquias de brisa marítima. O peixe de pele fugaz, se é antigo, fura oceano de assombro, fura a pele clara da tempestade. O nervo do sexto improptus schubertiano açula a serenidade dos arrecifes recobertos de limo verde. Para a secura dos cabelos das náiades, niágara de águas, mais veludo que pedras”.

Andrés Segovia (1893-1987)


Escutar Andrés Segovia
tocar no violão
o Prelúdio Suíte I,
de Bach


http://www.youtube.com/watch?v=uVYPXLPdep4&feature=related

Palavras de Marcel Proust (1871-1922)


Se um pouco de sonho é perigoso, a cura para isso não é sonhar menos mas sonhar mais, sonhar o tempo todo.

Uma mudança no clima é suficiente para recriar o mundo e a nós mesmos.

O único paraíso é o paraíso perdido.

A verdadeira viagem consiste não em procurar novas paisagens mas em ter novos olhos.

Percebi que para expressar aquelas impressões, para escrever aquele livro essencial, que é o único que é verdadeiro, um grande escritor não é o que inventa, no sentido corrente da palavra, mas, posto que ele já existe em cada um de nós, o interpreta. A obrigação e a tarefa do escritor são as de um intérprete.

O livro que, entre todos, é o mais difícil de interpretar, é o único que a realidade ditou, o único impresso em nós pela própria realidade.

Marcel Proust (tradução: Rodrigo Garcia Lopes)

Rosa branca para Shânkara Lis Martins Karl


Simplesmente Shânkara Lis, minha filha


Rosa branca para Shânkara Lis Martins Karl


A banda inglesa Keane
Tradução da balada
Somewhere only we know,
da banda Keane,
só para Shânkara ler.

Ela que me disse que gosta de poemas.

Somewhere only we know,
é a primeira canção
do álbum
Hopes and Fears
logo aí embaixo.

http://vagalume.uol.com.br/keane/somewhere-only-we-know-(traducao).html

Escutar
a banda Keane
interpretar algumas baladas.

Dedico cada música à Shânkara Lis.

http://app.radio.musica.uol.com.br/radiouol/player/frameset.php?opcao=umcd&nomeplaylist=008498-0<@>Hopes_And_Fears

Acesse agora o site
da revista Zunái

www.revistazunai.com.br

Maggie Taylor


Ler a novela
A senhora do gelo,
de Fernando José Karl,
autor deste blog

http://www.germinaliteratura.com.br/booksonline_karl1.htm

Acesse agora o blog
de Fábio Brüggemann.

www.bloguedobruggemann.blogspot.com


Ler Tabacaria,
de Fernando Pessoa

http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/456.html

Sem palavras

Fotógrafo anônimo