O JASMIM NO FRASCO
Duas semanas antes de morrer,
meu avô soprou dentro do frasco transparente.
Frasco com 15x10 cm, na estante da oficina,
vedado a tampo de borracha.
Depois que ficou sob a pedra tumular,
meu avô restou apenas naquele frasco.
Fui ao Cemitério Municipal,
rondei sete sepulturas, benzi pedras e gatos.
Nada.
O velho Wilhelm não estava em nenhum lugar.
Nada.
Com a barca invisível da solitude, retornei à casa.
Pelas ribanceiras jasmins ondulavam.
Um deles cortei do caule, depois o esqueci no frasco.
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Um comentário:
Karl
obrigado pela visita à minha casa de paragens. A admiração é totalmente recíproca.
abraços
Rubens
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