VIOLETA
Um entregador de cerveja afogado
foi posto sobre a mesa.
Alguém fincou-lhe entre os dentes uma violeta
de um lilás claro-escuro.
Quando de dentro do peito,
por baixo da pele,
com um grande bisturi,
cortei para fora língua e palato,
devo tê-la acertado, pois escorregou
para dentro do cérebro ali ao lado.
Coloquei-a na cavidade toráxica
entre a linha dos pontos
costurados.
Sacie no seu vaso sua sede!
Descanse em paz,
violeta!
Poema de Gottfried Benn traduzido por Ana Rusche
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