Água morna de chuveiro na pele de Jane Birkin. Com suavidade descerro as portas do box e a flagro ensaboando as clavículas, o ventre, os pés.
A nudez dela ondula sombras nos azulejos brancos. Vidros embaçados, o barulho da água atrás da cortina de plástico; as coisas essenciais, os reinos da chuva, incrustados fora da razão.
Aqui, ante Jane Birkin, devo ser um servo, e servo reverente. Ela me chama, aproxima seus lábios dos meus e nos beijamos através do plástico transparente: dura apenas um instante.
Não esqueço nunca que eu tenho pelas banhistas de chuveiro uma predileção especial, ainda mais se essa banhista é Jane Birkin.
E se, após o banho, ela cobrir o nu com uma toalha, ai dela, eu viro Calígula, o Terrível, ordeno a meus exércitos que arranquem a toalha enrolada em seu corpo.
Que a toalha suma! E que reste límpida a nudez de Jane Birkin, assim deitada na cama, em estado de óbvia distração.
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