
O SILÊNCIO DAS TIGELAS DE ARROZ
Em lugar de olhos, dois nuncas.
A noite unida à noite essencial.
Fisgo, em lugar da morte, uma pedra clara
e da cisterna sombria acordo alado:
sem amada, capinzal, mãe, pedra ou labirinto.
Em lugar de respirar, a música me vela.
A eternidade é o silêncio das tigelas de arroz.
Em lugar de estar vivo eu sou o que fuma,
enlouquecido por discordar do roteiro.
É desconcertante morrer sem acariciar
o pomo dourado da própria voz,
e a lenda da pele, que acende com o toque dos dedos.
É sempre absurdo não ter direito a um nome,
a um quintal com pequenos pássaros intensos.
Em lugar de olhos, dois nuncas.
A noite unida à noite essencial.
Fisgo, em lugar da morte, uma pedra clara
e da cisterna sombria acordo alado:
sem amada, capinzal, mãe, pedra ou labirinto.
Em lugar de respirar, a música me vela.
A eternidade é o silêncio das tigelas de arroz.
Em lugar de estar vivo eu sou o que fuma,
enlouquecido por discordar do roteiro.
É desconcertante morrer sem acariciar
o pomo dourado da própria voz,
e a lenda da pele, que acende com o toque dos dedos.
É sempre absurdo não ter direito a um nome,
a um quintal com pequenos pássaros intensos.
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