quinta-feira, 6 de março de 2008

JAGUAR SOBRE UM MURO DE QUARTZO

O jaguar luminoso
sobre o muro de quartzo
é a noite em chamas;
é a trama da água penetrada de sol, seu movimento
cadencioso.
Sobe ao zênite de seus domínios,
adentra a claridade. No amplo
espaço abrupto, sua pele constelada é um lampejo,
o doce e morno florescer do cristal,
um traço breve sobre o gelo.
A pedra e o céu se tocam;
astros escuros e imensidão.
Templo de inalterada transparência,
o dia sustém e oferenda
a preamar noturna.



Poema de Coral Bracho traduzido por Josely Vianna Baptista

Nenhum comentário: