OBSERVANDO NO HORTO A ILUSÃO
O opus imperial do escritor
nunca se encontra no texto caligrafado,
mas antes no concílio diário
com a altura irreal do belo e do selvagem,
onde se pratica com os princípios
materiais do absoluto.
A arte de deformar imagens
busca a liça do aço abrasado:
aço que respira com os claros do sono,
aço do fogo ardente com que aí está,
aço dos grãos azuis com a pedra racional.
O que não existe pode acordar no céu.
A sabedoria a captamos na ilusão
e a arte é silêncio.
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