O SONHO DE KALICANTHUS
Antiga a sabedoria a do pergaminho,
se permanece em silêncio.
Se quiserem desvelar o pergaminho,
que tenham a paciência de lê-lo.
O inexistente poeta persa Kalicanthus sonhou,
por ter adormecido sob nuvens,
com deusa nascendo da espuma,
e por não ter ignorado o sonho,
teve a ventura que mereceu:
afogar-se num mar de rosas.
As mudanças imperceptíveis,
sempre as mais profundas.
Daí a satisfação de Kalicanthus
sendo chupado no flanco pela deusa.
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