O PRÍNCIPE RESSUSCITA O GRÃO DE CHUVA
Eu te tratei como príncipe, meu Deus,
mas foste mau com a espécie.
Dizimaste inumeráveis chuvas
que estavam suspensas aos quatro ventos.
Entre os teu longos dedos brancos,
a negra ardósia de nosso túmulo.
Como não te comoveste com tantas
ondas tenras de constelações sumindo?
Se em teu coração celeste houvesse
apenas a sede de alcançar a estrela,
se evaporaria do jardim a morte.
Entre barqueiros acordaríamos leves
--- e príncipe que és, com olhos de céu ---
ressuscitarias cada grão de chuva dizimada.
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