quarta-feira, 8 de maio de 2013



A TINA DE OFURÔ
(Em busca do tempo perdido 2)

Porque eu amava a neblina do vapor da água
que recobria os vidros do banheiro, adormeci
– naquela tarde perdida do ano de 1966
no interior aquoso da tina de Ofurô.
Meus pensamentos, enquanto eu dormia,
diluiam-se na água evaporada,
e, no sonho que tive,
lanternas chinesas dançavam ao vento.
Naquela tarde perdida do ano de 1966,
ainda não sabia que, no sonho, eu era o vento.

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