quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Gustave Doré (1832-1883)


Um sol de gelo paira a Casa de água: o que eu adoro é ninfa imaterial, agreste brancura da flor de mandacaru, dançar na Casa de água de Georgia O’Keeffe ou sonhar o pescoço de Vishnu, depois rabiscar águas com barcas brancas. O sonho humano se abrupta nos escolhos. Georgia O’Keeffe lambe, com língua de vaca, o sal do gramofone. No seu túmulo, grafado em pedra, inscreve-se: eu fui uma Casa de água.

Nenhum comentário: