a intervalos
como se nascido do vento
o velho moinho
remói o vazio
ponho os pés ali
não no vazio
mas no tapete persa do vento
e
se flutuo
no vento persa
do tapete
não morro
antes evaporo
pra chover depois
em secas folhas de árvores
enquanto chovo
Shiva desperta
e repete pra que eu ouça:
toda palavra é um veneno
e o poema
antídoto
extraído da própria palavra
Um comentário:
No seu blog, lendo novamente: "a intervalos (...)", pensei na palavra (INTERVALOS),escrita como se suas sílabas estivessem em uma montanha-russa. Uma sílaba embaixo, outra num plano acima e assim até... que doidera!!!
abraços
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