domingo, 3 de agosto de 2008

CASA DE MENANDRO

Logo se espalha um suave vento
e as cortinas começam a dançar.
Alberto Blanco

A serenidade de um verso latino.

Na casa de Menandro angst morre nas pedras.

Eu escuto orvalho no olho do peixe
que paira o aquário da casa antiga,
casa antiga que os vendavais circundam.

Uma ramagem de sutis idílios
faz sombra na parede branca da casa de Menandro.

O sol marinho dá nas calhas e nas venezianas.

Menandro desce os degraus de pedras soltas,
nos galhos do salgueiro vai deixando
blusa, calça, sapatos, chapéu, cachimbo.

Nenhum comentário: