sábado, 22 de março de 2008

Denis Arkad'evic Kaufman nasceu em Bialystok, Polônia, no ano de 1896. Morreu na cidade de Moscou, em 1954, quando esta ainda fazia parte da União Soviética. Curiosidade: o pseudônimo Dziga Vertov tem relação com o trabalho no cinema. Dziga vêm da onomatopéia de girar a manivela de uma câmera; já Vertov é uma derivação do verbo girar (ou fazer rodar), em russo.

O seu filme O Homem da Câmera de Filmar é um marco na história do cinema como documentário reflexivo. Filma o cotidiano de cidades russas, principalmente Moscou, com criatividade e lucidez. Planos pensados e repensados são, por si sós, uma aula de cinema. Para associar o olho humano ao da câmera usa, por exemplo, planos de uma persiana, numa metáfora da retina, do diafragma da objetiva, do cine-olho, capaz de apreender o real. O filme tem a duração de 68 minutos.

Filho de judeus intelectuais que trabalhavam numa livraria da pequena cidade polonesa de Bialystok, Dziga Vertov só começou a se envolver com cinema depois que se mudou para Moscou. Ele ficou conhecido por seu trabalho experimentalista envolvendo documentários e, desta maneira, influenciou gerações de cineastas tais como Stan Brakhage e Jean-Luc Godard.

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