CREDO QUIA ABSURDUM
Que a vir vê-las,
posso coroá-las antigas:
paraísas violas de relva.
Uma que voa
morde o calcanhar da estrela:
há fogo e há chuva.
Outra esparze o pó de Quevedo,
mas pó enamorado,
que a pouca poesia não ousaria entender.
Aquela enlouquece entre salsos pendentes:
escreve breviários, bestiários,
conduz o velame de certa barca sendo sonhada.
Por nós, os fracos, os de alma vil,
se perfumam,
às vezes espalham os cabelos nossos:
essas mulheres de vento.
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