INFÂNCIA
Diz o menino com voz de concha:
– Estou cansado de todas as palavras.
Lambuzado a melancia,
esfrega as mãos na camisa branca e continua:
– Me adianto, invento os outros. Não quero pensar
ao acariciar.
E para o menino o que sobra depois de tudo?
Um nublado reino,
uma moeda de ouro no fundo do poço,
uns espelhos profundos.
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