Jack Burman, 1999
À sombra
da árvore, a morte foi enterrada no jardim japonês: um
pequeno sino foi enterrado com ela. Agora, as tenazes dos caranguejos de
carapaça castanha destrinçam a cabeça da morte nem que fosse uma fruta que caiu
da árvore. Depois que a morte morreu, porque a casa permaneceu sozinha, o
espelho não repete mais ninguém. Enquanto isso, sem ligar a mínima para a
extinção da morte, o riso assovia e chupa cana, o riso singra águas com o
veleiro que traz um remédio infalível
contra as “saetas pallidas” do medo. O remédio é não esquecer que a única
realidade é a que contemos dentro de nós.
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