sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Jack Burman, 1999


À sombra da árvore, a morte foi enterrada no jardim japonês: um pequeno sino foi enterrado com ela. Agora, as tenazes dos caranguejos de carapaça castanha destrinçam a cabeça da morte nem que fosse uma fruta que caiu da árvore. Depois que a morte morreu, porque a casa permaneceu sozinha, o espelho não repete mais ninguém. Enquanto isso, sem ligar a mínima para a extinção da morte, o riso assovia e chupa cana, o riso singra águas com o veleiro  que traz um remédio infalível contra as “saetas pallidas” do medo. O remédio é não esquecer que a única realidade é a que contemos dentro de nós.

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