quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

René Le Begue, 1896


você é dente de sabre
eu não, eu sou abre-te sésamo
o meu pecado mora ao lado
e o meu pecado é chupar uva
ali onde plantas e peixes
sabem mais que santos
ali chupo uva mas parece
uma
chuva

Emile Joachim Constant Puyo, 1900


este poema é pra ser
uma cama vazia
um peixe de escamas de prata
estirado
um peixe sou na cama fria
se não vens
nessa noite chuvosa
sou
um
peixe
que
apodrece
com
uma pérola entre os dentes