domingo, 16 de dezembro de 2007

VAU E ESTRELA

Antigo o vento no arraial dos agapantos.
Acicates e raios nos viciam ao sagrado.
Estende a morte a camisa --- Olho aprofunda.
Cruzam-se claridades de mil enigmas.

Tudo serpenteia à luz dos cata-ventos.
Pouco a pouco a morte se cala.
Sono branco (sem sonhos) irrompe,
já sabemos quem somos: adormecemos.

Dois pássaros impossíveis sobrenadam
coração do morto, coração escuro.
A ressurreição ventila a brevidade.

Vau e estrela se enlaçam assombrados.
Humildes águas em poço inusitado,
já estremecemos quem somos: recônditos

jardins

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