VAU E ESTRELA
Antigo o vento no arraial dos agapantos.
Acicates e raios nos viciam ao sagrado.
Estende a morte a camisa --- Olho aprofunda.
Cruzam-se claridades de mil enigmas.
Tudo serpenteia à luz dos cata-ventos.
Pouco a pouco a morte se cala.
Sono branco (sem sonhos) irrompe,
já sabemos quem somos: adormecemos.
Dois pássaros impossíveis sobrenadam
coração do morto, coração escuro.
A ressurreição ventila a brevidade.
Vau e estrela se enlaçam assombrados.
Humildes águas em poço inusitado,
já estremecemos quem somos: recônditos
jardins
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