quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ruth Thorne-Thomsen, 1979


MELÃO NO FUNDO DA CISTERNA

Quando eu ando, apesar de velho, ainda cortejo a princesa da Babilônia. O espírito mais profundo, o espírito de frescos fogos, também tem de ser o mais frívolo. Eu, que não passo de um velho, sou melão no fundo da cisterna, raspo a craca e a ferrugem das canoas com a pedra pontuda que colhi atrás da maré.

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