REVELAÇÃO
Esculpido na água viva da constelação
– durante o século I dos linces –
eu, Juliá, moro teu azul de oásis,
oásis com cadáveres obcecantes.
Moro teu azul de oásis
– dolorido, com esperas soçobradas –
um corpo, um ancoradouro de aparições
que são ventanias, depois trevas,
porque foi sempre assim a loucura:
estarmos aqui de improviso, as frontes
apenas aparentes, lágrimas
acendidas sob a máscara, nossa febre suave
e uma palmeira – alta como a ressurreição –
inclinada simples e musical na noite clara.
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