O JARDIM DA SACERDOTISA
No teu corpo tu me pertences,
sete anos de brisa no cativeiro.
Foste da mesma matéria do ópio
que sorvi no cais à espera da barca.
Acerco-me de ti, música de loucos,
para queimar o pulmão nos astros.
O silêncio --- escuto-o de olhos fechados ---
conduz aos espinhos e ungüentos.
Na verdade, o pomar de abios
só existe nos sonhos do pássaro,
que aguça o tímpano e recorda
que no teu corpo a voz sem voz
habita no Jardim da Sacerdotisa,
que à noite venta, de manhã é luz.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário