terça-feira, 6 de novembro de 2007

CASA DE MENANDRO

Logo se espalha um suave vento
e as cortinas começam a dançar.
Alberto Blanco


A serenidade de um verso latino.
Na casa de Menandro angst morre nas pedras.
Eu escuto orvalho no olho do peixe
que paira no aquário da casa antiga,
casa antiga que os vendavais circundam.
Uma ramagem de sutis idílios
faz sombra na parede branca da casa de Menandro.
O sol marinho dá nas calhas e nas venezianas.
Menandro desce os degraus de pedras soltas,
nos galhos do salgueiro vai deixando
blusa, calça, sapatos, chapéu, cachimbo.

Nenhum comentário: